Oito foram presos em operação contra corrupção na Polícia Civil em Ponta Porã 266g4r
Operação do Gaeco com apoio da Corregedoria e Batalhão de Choque da PM foi deflagrada nesta segunda-feira 421p1f
Oito mandados de prisão foram cumpridos nesta segunda-feira (25) na operação “Codicia”, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), em Ponta Porã, cidade fronteiriça ao Paraguai. Iniciada há um ano, a investigação é para coibir a prática dos crimes de concussão, peculato, tráfico de drogas e delitos correlatos nas delegacias da cidade, separada apenas por uma rua de Pedro Juan Caballero, no país vizinho, conhecido por ser produtor de maconha e corredor do tráfico de armas e de contrabando de cigarro.
Foram cumpridos oito mandados de prisão preventiva, um mandado de prisão temporária, um mandado de medidas cautelares alternativas à prisão e dezesseis mandados de busca e apreensão. As equipes também apreenderam dinheiro, em notas de Real e de dólar, além de armas e celulares.
Entre os alvos, está um delegado de Polícia Civil, segundo apurou o Primeira Página. Os outros investigados são investigadores e escrivães, parte deles aposentados.
A ação tem o apoio da Corregedoria da Polícia Civil justamente por envolver agentes de segurança pública. Segundo o Gaeco divulgou, tudo começou com a suspeita de cobrança de “resgate” para entrega de um veículo apreendido às vítimas.
“As investigações se iniciaram em maio de 2021 com a notícia de concussão praticada por parte de alguns policiais civis da 2ª Delegacia de Polícia Civil de Ponta Porã na restituição de um caminhão/carreta para as respectivas vítimas, cujo pagamento se deu em parte por meio de um “Pix”, crime que, ao final, restou provado”, escreveu o grupo do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul na nota à imprensa.
Como informado, foram cerca de 10 meses de trabalho, que identificou uma associação criminosa formada por policiais civis aposentados e ativa. A suspeita é de que eles utilizavam das delegacias de Polícia Civil de Ponta Porã para a obtenção de “vantagens patrimoniais indevidas”, especialmente relacionadas à gestão de veículos apreendidos e sob a responsabilidade das unidades policiais.
Tráfico de drogas 225o5k
Também ficou demonstrado, conforme o Gaeco, a existência de uma associação para o tráfico. A droga comercializada era, algumas vezes, retirada do depósito da Delegacia de Polícia por um escrivão de polícia e reada aos seus comparsas para a revenda.
Iniciada logo cedo, a ação teve apoio do Batalhão de Choque, além da Corregedoria da Polícia Civil. Procurada, a Corporação declarou que está acompanhando os trabalhos, por meio do órgão de correição do trabalho policial.
“A Polícia Civil está acompanhando a operação por intermédio da Corregedoria, que se fez presente durante a operação”, diz o comunicado à imprensa.
O nome “Codicia” faz alusão à palavra em espanhol que significa ganância.
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Matéria editada às 11h23 para corrigir a informação de que havia um delegado entre os presos. Essa informação não foi confirmada.
