Estevão Petrallás é eleito presidente da Federação de Futebol em MS 661b2a
No comando da FFMS até 2027, Estevão já atuava como presidente interino desde a saída de Francisco Cezário 11h1g
O atual presidente interino da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), Estevão Petrallás, foi eleito para o cargo que exercia, após eleição entre os clubes. O resultado foi divulgado na tarde desta terça-feira (8), em Campo Grande.

A Assembleia Geral Extraordinária acontece 321 dias depois da prisão de Francisco Cezário, então presidente da federação, mas preso durante cumprimento da Operação Cartão Vermelho, do Ministério Público, que investiga esquema milionário de desvio de dinheiro das contas da FFMS.
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Ao todo, 51 filiados estavam aptos a votar para eleger um novo presidente, que deve permanecer no posto até 2027.
Na contagem de votos, Estevão recebeu 48 votos, enquanto André, presidente afastado do Costa Rica, atingiu 39 votos. A votação foi dividida por pesos entre clubes que participaram do campeonato estadual, os que não participaram e clubes amadores e ligas.
Federação na mira do MPMS 3i2o6q
Francisco Cezário estava à frente da Federação desde 1998, quando foi eleito pela primeira vez. Na época, venceu a eleição contra Arthur Mário, e permaneceu no cargo nos demais pleitos, feitos a cada quatro anos.
Na eleição de 2022, houve disputa judicial, para tentar barrar um novo mandato, mas o dirigente de longa data saiu-se vitorioso também no Judiciário.
Em 2014, Cezário foi chamado pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) para participar de grupo que definiria a nova política de transferência de atletas.
Na entidade, sempre esteve ao lado dos presidentes, muitos deles envolvidos em polêmicas, como por exemplo Marco Polo Del Nero, banido do futebol por causa de acusações de “suborno e corrupção”, “oferecer e aceitar presentes e outros benefícios”, “conflitos de interesse” e por ter violado “regras gerais de conduta” do Código de Ética da Fifa, conforme a entidade mundial divulgou na época, em 2018.
Alvo de Operação 2s554s
O presidente da Federação foi um dos alvos da operação “Cartão Vermelho” do Gaeco. As investigações, tocadas durante 20 meses, revelaram esquema de desvio de recursos na FFMS. A operação identificou que valores recebidos do governo estadual e da CBF eram desviados por um grupo dentro da Federação.

Segundo o Gaeco, os investigados sacavam valores inferiores a R$ 5 mil para não chamar a atenção dos órgãos de controle e dividiam o dinheiro entre si.
Em mais de 1,2 mil saques, a organização criminosa desviou mais de R$ 3 milhões. Além disso, houve desvios de diárias de hotéis pagas pelo estado para jogos do Campeonato Estadual de Futebol. Os estabelecimentos envolvidos devolviam parte dos valores recebidos aos integrantes do esquema. No total, em quatro anos e cinco meses, mais de R$ 6 milhões foram desviados.