Dizem que o amor transforma vidas e, no caso de Lia Celiria da Silva, essa transformação foi profunda e inspiradora. Após decidir cuidar de sua mãe, de 94 anos, Lia deixou a cidade de Sinop, a 503 km de Cuiabá, e mudou-se para o campo.
Lia em conversa com a jornalista Bianca Jannazi (Foto: Reprodução)
O que começou como uma necessidade familiar acabou se tornando um empreendimento de sucesso, que hoje sustenta toda a família e serve de exemplo.
Lia iniciou sua jornada no campo produzindo e vendendo alimentos de forma simples, mas com um toque de criatividade.
O cardápio inclui requeijão, queijo curado, doce de leite, manteiga, ovos e leite. Com o tempo, a produção, que antes era modesta, se diversificou e ganhou escala. Hoje, a pequena chácara da família é um verdadeiro polo de produção artesanal.
“Nós temos os queijinhos mais curados, o fresquinho, o requeijão, doce de leite, a manteiga, ovos e o leite, que é a base de tudo. Tudo é produzido aqui, inclusive os doces e o suco de acerola. Tudo feito na nossa pequena chácara”, conta Lia.
O empreendimento nasceu do amor e da dedicação de Lia à mãe, mas acabou se revelando uma fonte de sustento e realização pessoal.
“Trabalhava no comércio na cidade e decidi cuidar da minha mãe. Não foi exatamente uma escolha, mas uma oportunidade de conviver mais com ela. Aos poucos, esse espaço foi se transformando, e hoje temos um negócio que nos enche de orgulho”, relata.
Doces e geleias que são produzidos na chácara de Lia. (Foto: Reprodução)
A história de Lia reflete um cenário maior no Brasil. De acordo com um levantamento do Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), o país tem cerca de 9 milhões de mulheres empreendedoras, que representam 41% de todos os negócios.
Em Mato Grosso, 37% das empresas são lideradas por mulheres, totalizando 165 mil donas do próprio negócio.
