Promessa de ano novo para mulheres cansadas: viver o amor que salva 72655r
Coisa mais frustrante é a gente fechar um ano sem cumprir aquelas promessas que repetimos todo 1º de janeiro: cuidar da saúde, voltar pra academia, parar de gastar dinheiro com quinquilharias que não usamos, começar um curso, guardar grana, viajar, ter um tempo para si. Eu mesma prometi isso tudo e falhei miseravelmente. Mas tem […] 2z2323
Coisa mais frustrante é a gente fechar um ano sem cumprir aquelas promessas que repetimos todo 1º de janeiro: cuidar da saúde, voltar pra academia, parar de gastar dinheiro com quinquilharias que não usamos, começar um curso, guardar grana, viajar, ter um tempo para si. Eu mesma prometi isso tudo e falhei miseravelmente.

Mas tem uma promessa em especial que precisamos conversar sobre. Aquela que faz as mulheres virarem o ano usando rosa ou vermelho por baixo de seus lindos looks brancos: encontrar um amor.
Particularmente, acho essa promessa a mais cabulosa da lista. Encontrar um amor não é questão de sorte. Não é como ar na prateleira do supermercado e levar para casa aquele que te pareça um companheiro adequado. Estar pronta para viver um amor nos exige um esforço grande sobre algo que não gostamos de mexer, porque estamos todas carecas de saber: para amar alguém precisamos nos amar primeiro.
Tá, mas e aí? Jaqueline vai escrever um texto de autoajuda?
Não. Vou te falar de irmã para irmã. Vou falar como a paciente que trata ansiedade com a mesma psiquiatra há 7 anos. Vou falar com a mulher que traz na mala da vida um divórcio e mais meia dúzia de decepções dolorosas. Vou falar como alguém que aprendeu que a autoestima salva, e vou explicar por quê.
Você já parou pra pensar no que esse “amar-se” significa? É simplesmente a diferença entre Ter e Precisar.
Se você é uma mulher que tem absoluta certeza da criatura incrível que é, não vai PRECISAR que outra pessoa te diga isso.
Se você se acha linda, não vai PRECISAR que um homem aprove sua aparência para se sentir bem.
Se você sabe que é inteligentíssima, não vai PRECISAR que alguém te diga que é culta.
Se você sabe que tem, não precisa que alguém te dê, e no dia que receber, você vai apenas ter, sem a agonia de antecipar a perda.
O amor não será uma necessidade. Não será um ato benevolente da vida. Será apenas você vivendo o que todo ser humano foi feito para viver.
O amor-próprio salva. Quando você se ama e se ira, a a não precisar da aprovação de outras pessoas para se sentir confiante e digna de ser amada. É isso que te faz afastar aquela pessoa que se aproxima apenas para buscar a própria validação. Quando você se ama, se protege, inclusive de narcisistas.
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Essa é minha proposta para nossa promessa de ano novo. Uma proposta para nós, mulheres vividas, cansadas de experiências iguais. Que a gente aprenda e reaprenda a se amar ao final de cada baque, de cada tombo. Que você saiba que encontrar um amor que te mereça não é um golpe de sorte. Que você tenha a certeza de que é a mulher mais maravilhosa do mundo, merecedora de um relacionamento à altura.
Para 2023 vamos fazer um combinado:
Nenhuma de nós vai tratar a chance de ser feliz como um erro de cálculo da vida.
Vamos juntas tirar o medo da nossa pauta.
Vamos prometer menos culpa pela academia furada e mais alegria pelo macarrão entre amigas.
Vamos aprender a sepultar amores que já se foram e aceitar que merecemos uma história melhor, e não repetir padrões pelo puro conforto de saber como sofrer desse jeito.
E para finalizar esse primeiro texto da coluna das manas nesse 2023, uma proposta minha:
Que a culpa não nos impeça de dar um único o ao longo desse ano.
Uma mulher livre de culpa e medo, é uma força da natureza que ninguém para.
Feliz liberdade para todas nós.